quinta-feira, 30 de abril de 2009

Incertezas



Andando pela rua
Com olhar Fitos ao chão, tento imaginar a vida
Tento compreendê-la, sem me desesperar,
Tudo parece tão incerto, inconstante,
Chuto algumas pedras
Cato uma flor qualquer
Mas acabo parando num canteiro de flores
Sento-me ao chão, e olho para o céu,
Hoje ele não esta tão azul
Ta meio Cinza, meio nublado,
Paro e penso no que de bom já fiz
Naquele dia ou nos dias anteriores
E me perco no pensamento
Não achando nada de útil
Nem mesmo me achando útil
Lembro me dos amores que não tive
Lembro dos beijos que não dei
Lembro dos momentos precisos, que deixei passar
Sem o mínimo esforço
Penso que poderia ter me tornado
Uma mulher mais guerreira
Mais firme em minhas idéias
Sabendo amar mesmo!
E não essa indecisão constante na qual me encontro
Tudo parece tão distante de acontecer,
Temo em pedir a Deus uma resposta
Pois sei que de nada sou digna
Mas mesmo assim,
em minhas orações, não me ajoelho
Simplesmente me deito ao chão
Como se aos Pés de Deus estivesse
Implorando só mais um pouco de Carinho
Eu me deito, como uma criança no ventre da mãe
Pedindo para nascer novamente
E assim choro, com minha oração singela
Cheia de pesares, e esperançosa de que as nuvens
De que aquelas nuvens se vão
Para poder me reerguer
Quando volto a sentir meu corpo me levanto
E tento seguir como se nada tivesse acontecido
Afinal, nada aconteceu mesmo
Com a flor em mãos
Sigo ainda
Chutando as pedras que encontro no caminho

Priscila Regina
29/03/2006

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